Se a aliança não foi possível até hoje, está cada vez mais difícil de acontecer. Foi assim que o prefeito de Catalão, Adib Elias (PMDB), expressou o ânimo que ele têm em relação a um acordo entre os pré-candidatos a governador Ronaldo Caiado (DEM) e Daniel Vilela(PMDB). Em rápida passagem por Goiânia, ele concedeu uma entrevista na qual revela que as chances de acordo são pequenas.
“De forma que eu entendo que a missão é difícil, espero que resolva, mas vejo com muita dificuldade”, disse ele. Mesmo com a entrada de Iris Rezende (PMDB), reconhecido como o maior líder do partido, o acordo não será possível. Primeiro, por que ele não pode impor. Segundo, por que os dois oposicionistas não demonstram nenhum interesse em ceder.
Altair – Prefeito, no encontro do DEM, Iris Rezende disse: vou chamar Caiado e Daniel e falar para que eles se reúnam e se entendam. Essa orientação de Iris vai ser suficiente para chegar a um acordo na base oposicionista?
Adib Elias – Essa discussão e esse debate, nós começamos ele há mais de sete meses, um grupo de prefeitos, o deputado José Nelto (MDB), e entendemos desde aquela época que nós precisamos discutir e debater acentuadamente, para que nós da oposição em Goiás não chegássemos divididos no momento de escolher o candidato, que na nossa opinião, teria que ser uma. Na verdade, hoje nós estamos em uma situação mais difícil. Há 15 dias, nós tivemos uma reunião, Maguito, Zé Nelto, eu, onde nós achamos que deveríamos chamar mais pessoas, chamamos aí o ex-governador Agenor Rezende, prefeito de Mineiros; o prefeito de Goiânia, Iris Rezende; o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha. Nesse debate, já na semana passada, nós demos a oportunidade para que o prefeito Iris Rezende pudesse ser o instrumento de todos nós na condução de uma resolução para que tivéssemos uma candidatura única. Ainda hoje conversei com ele, e ele vai chamá-los, mas por tudo que está acontecendo no estado, porque parte das oposições em Goiás não está querendo ganhar as eleições. Entendo que a missão do prefeito Iris Rezende não será fácil, mas pela grandeza dele, pela história dele, pela estatura moral, ele tem todas as condições de pedir para que eles possam sentar e definir uma candidatura única, porque nós não vamos enfrentar um governador que não tem experiência, nós não vamos enfrentar um time que seja formado por neófitos, nós vamos enfrentar quem sabe fazer o debate político, quem sabe fazer eleições. De forma que eu entendo que a missão é difícil, espero que resolva, mas vejo com muita dificuldade.
Altair – Quando o senhor diz que uma parte da oposição não quer ganhar a eleição, o senhor está se referindo a quem?
Adib – Estou me referindo ao meu próprio partido. Acho que nós temos que descer do sapato de salto, acabar com as vaidades e escolher a metodologia que nós vamos usar para sair com candidatura única. Na minha opinião, metodologia é pesquisa qualitativa, quantitativa, é quem tem o maior tempo eleitoral, quem tem o maior número de candidatos a deputados federal, estadual e mais ainda, quem tem candidaturas a senador e tempo de televisão. Entendo que já teríamos que ter feito isso há muito tempo e não fizemos.
Altair – Então o senhor não vê ambiente para esse acordo?
Adib – Eu vejo isso hoje com muita dificuldade. O Daniel entende que o MDB tem que ter candidatura na cabeça de chapa e o Ronaldo Caiado, com quase 50% da pesquisa, não deverá abrir mão da situação. De forma que eu vejo tudo com muita dificuldade, e se não tem dificuldade, com certeza nós teremos três candidaturas aí, a do governo, o Ronaldo Caiado (DEM) e do próprio Daniel Vilela do MDB
Fonte: Diário de Goiás