Ministro Marcos Pontes visitou laboratório em Uberlândia para conhecer pesquisas
O Laboratório de Nanobiotecnologia do Instituto de Biotecnologia da Universidade Federal de Uberlândia (IBTec/UFU) está desenvolvendo dois protótipos de sensores para o diagnóstico do novo coronavírus em saliva. Segundo a coordenação da pesquisa, os resultados dos exames criados pelo IBTec ficam prontos em dois minutos.
O principal diferencial dos testes propostos é que eles não precisam de reagentes, que são substâncias necessárias para se fazer os testes convencionais do coronavírus e que estão em falta devido à demanda mundial neste momento de pandemia. Um dos novos testes é biofotônico (o que significa que utiliza luz, no caso, infravermelha) e o outro é eletroquímico (ou seja, envolve correntes elétricas).
“No caso do sensor biofotônico, o teste é feito em nuvem usando um algoritmo na internet, enquanto que o eletroquímico é realizado diretamente no smartphone com o auxílio de pequeno equipamento que parece um pendrive e microchips”, explicou o coordenador da pesquisa, professor Luiz Ricardo Goulart Filho.
O resultado é rápido e as duas tecnologias podem detectar outras doenças também. Mais detalhes do funcionamento ainda não foram divulgados, porque os pesquisadores aguardam pedido de patente, mas a tecnologia final será disponibilizada para todos os interessados.
As pesquisas que deram origem a esses testes vêm sendo feitas desde 2016, envolvendo diagnósticos de doenças como câncer, dengue e zika. Desde o surgimento do novo coronavírus, a equipe de cientistas da UFU também direcionou o desenvolvimento dos testes para esse tipo de vírus.
VISITA
Na tarde desta segunda-feira (13), o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, esteve na cidade e visitou o laboratório onde as pesquisas estão sendo desenvolvidas.
O ministro Marcos Pontes ressaltou que ficou “muito satisfeito” com o que observou na UFU. “A possibilidade de termos testes que não usam reagentes vai ser um ganho para o país”, destacou.
Pontes explicou ainda que, uma vez que a tecnologia esteja testada e aprovada, o próximo passo é trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde para implementá-la em todo o país.