Jovem teria sido levada ao hospital inconsciente e médico percebeu situação suspeita; defesa afirma que “não há o que se falar de crime de estupro”
Um suposto caso de estupro é investigado pela Polícia Civil (PC) de Piracanjuba. O caso teria acontecido no domingo (8), em uma chácara, na cidade vizinha de Mairipotaba, ambas cerca de 82 km da capital. Uma jovem de 19 anos que participava de uma festa foi levada pela avó ao Hospital Municipal de Cromínia, “quase em coma alcoólico e inconsciente”, segundo a corporação.
Um médico teria percebido o possível abuso e chamou a PM. O ato teria sido cometido por um rapaz de nome P.H. O Mais Goiás suprimiu o sobrenome para preservá-lo, até que haja a apuração do caso pela polícia.
Segundo informações da Polícia Civil (PC), que recebeu a ocorrência na segunda-feira (9), o suspeito do crime deixou a chácara e não foi mais visto. A corporação revela que ainda não existe um mandado contra ele. A investigação deve se estender até sexta-feira (13).
O advogado Carlos Ernesto Nunes Filho esteve na delegacia no domingo, mas o teor da conversa não foi informado pela PC, pois as investigações ainda prosseguem. Apesar disso, ele conversou com o Mais Goiás e adiantou que “não há o que se falar em crime de estupro”. E que o cliente vai se apresentar às autoridades competentes e ao judiciário. Vale destacar que os dois jovens são de Cromínia.
Defesa
O defensor de P.H. enviou uma nota ao Mais Goiás sobre o assunto. “Segundo relatos de meu cliente, não há o que se falar em crime de estupro. Ambos estavam em uma festa de motocross em Mairipotaba. Chegando naquele local, P. H. visualizou a moça que já estava supostamente embriagada e começaram a dançar juntos. Inclusive há vídeo nas mídias locais deles dançando juntos.”
E continuou: “Em um determinado momento, e após conversa entre ambos, este resolveu levar a moça até a residência dela em virtude de estar embriagada. A mesma ainda argumentou que não poderia ir para casa nessa situação, pois o pai da jovem iria bater nela. Após conversas, eles começaram a se acariciar e chegaram a praticar relações sexuais, ambos com consciência.”
Ainda segundo a nota, depois de um tempo, a moça começou a passar mal e vomitar e, por isso, ele a levou até a casa da avó, que a levou ao pronto socorro. “As investigações seguem, todos os fatos serão apresentados à sociedade e vai se demonstrar que em momento algum houve abuso sexual por parte de meu cliente.”
Por fim, o defensor afirma que seu cliente vai se apresentar às autoridades competentes e ao judiciário.
Versão do pai da garota
O pai da jovem também conversou com o Mais Goiás. A família vive em Goiânia e, comumente, vai aos fins de semana para Cromínia, onde vive a sogra dele. “A gente nunca espera acontecer na família da gente… Minha menina! O que eu quero é justiça”, disse o homem, nervoso com toda a situação. “Minha filha está abalada, cabisbaixa, nem quis trabalhar. Minha esposa também está muito abalada”
Segundo ele, o suspeito é conhecido na cidade. Ele relata que deixou sua filha no sábado (7), na casa da avó dela, e, no domingo, ela foi à festa em Mairipotaba, a convite de uma amiga. No local, P.H. teria oferecido bebidas para ela e, depois de um tempo, ela começou a passar mal.
A moça, então, segundo o pai, pediu que alguém a levasse embora e ele se ofereceu. De acordo com ele, o suspeito declarou ser primo dela e utilizou um carro emprestado para levá-la. A jovem contou que o homem teria a levado na casa de um conhecido dele.
“Inclusive, ela esqueceu o celular lá. Quando a polícia o rastreou, no local achou sangue e vômito.” O pai também disse que, no hospital, o médico informou que havia ferimento entre o ânus e a vagina, e, também, escoriações nas costas. “Ela estava fora de si. Tão ruim, que chegou a desmaiar. Está com a boca machucada também, por dentro e por fora. Inclusive, com um dente quebrado”, conta, indignado.
Ele ainda diz que seu cunhado soube por outras pessoas que estavam na festa, que o suspeito teria se gabado do que fez. “Ela foi entregue na casa da minha sogra sem a calcinha”, garantiu ele, que não acredita na justificativa de sexo consensual.
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