O prefeito de Campo Alegre de Goiás, Zé Antônio, se viu inserido numa polêmica de incomum proporção ao tentar economizar dinheiro público aplicado num foco mínimo da população.
Tinha já algum tempo que a prefeitura – desde o tempo das ‘vacas gordas’, financiava metade do transporte escolar, via recursos da devolução de duodécimo da câmara de vereadores – para seus estudantes que viajavam a Ipameri rumo às escolas particulares e colégio militar. As coisas mudaram, todos os municípios do país precisaram ‘apertar os cintos’ e economizar seus dinheiros, pois os tempos são agora de ‘vacas magras’.
Economizar dinheiro público significa remanejar providências e alternar ideias para que ninguém seja constrangido e todas as soluções continuem a se apresentar às necessidades de todas as classes da população.
Felizmente, Zé Antônio não está sozinho nesta batalha.
Toda a população de Campo Alegre está com ele e o vereador Mauricinho da Nita tem particular dedicação neste caso.
Mas… O que é que o Mauricinho da Nita tem a ver com essa história? Pergunta o interessado.
Primeiro: O Mauricinho é vereador e vereadores têm a obrigação em defender a causa justa que favoreça a maioria da população. Segundo: vamos recordar que a mãe do Mauricinho, Dona Nita Ângela Albino, trabalhou 35 anos como secretária e se aposentou do Colégio Estadual Major Emídio e por causa disso; Terceiro: O Mauricinho estudou boa parte da vida naquele Colégio, então ele está cheio de motivos para defender a escola que tratou dele na adolescência, o enviou para a faculdade de Direito e agora se vê inferiorizada por aquela minoria abastada, alegando que o Major Emídio não é bom o suficiente para seus herdeiros. Daí eles mandam estudar fora da cidade e quererem que a população pague metade das contas de seus transportes para Ipameri.
Ponto para o Excelentíssimo Senhor Prefeito de Campo Alegre de Goiás e seu fiel vereador Mauricinho da Nita.
No primeiro mandato como vereador (2009), Mauricinho engendrou esforços para obter do então secretário de estado de educação, Sr. Thiago Peixoto, os R$ 238 mil 0 que em 2017 serviram para a construção da quadra poliesportiva e a reforma da escola toda. Agora, com Raquel Teixeira à frente da mesma secretaria, o Major Emídio foi contemplado com R$ 51 mil para colocar piso novo na quadra, kits esportivos, 5 aparelhos de ar condicionado para as salas do ensino médio, kit tenda do saber (espaço cultural itinerante no valor de R$ 35.950.000 reais, mais obra da quadra de esportes com acessibilidade e reforma da cozinha. Em andamento está a substituição do telhado dos pavilhões da escola.
Sobre o Colégio Major Emídio
Ivone Bertão , coordenadora pedagógica do Colégio Major Emídio, descreveu o funcionamento da escola.
O colégio funciona em dois períodos, o matutino e o vespertino.
Atende alunos para o sexto e até o terceiro ano colegial (ensino médio).
Todos os professores são graduados, tem os mestrados e os mestrandos.
O colégio oferece as melhores condições pedagógicas e pode melhorar ainda mais.
Faltam professores (uma aposentadoria e uma licença de uma professora especialista e única), mas, para a cobertura dessas vagas depende-se do governo estadual, que envolve burocracia e morosidade. Ainda não se abriu contrato para admissão de professores.
Na prática, a cobertura das vagas é feita pelo restante dos profissionais.
Atendimento aos alunos com necessidades especiais
A escola está sendo reformada e por isso nem todos os alunos especiais estão comparecendo às aulas devido às condições irregulares.
Existe professor que atende alunos especiais individualmente, condição que não há nas escolas particulares.
Além da cobertura pedagógica, a criança especial tem à sua disposição um profissional de apoio para a higienização pessoal, acompanhando ao banheiro, ao recreio e à saída. O colégio atende mais 700 alunos nos dois turnos e o acréscimo de jovens é diário.
Há doze anos esperava-se a reforma do colégio iniciada em 2017. Construíram a quadra de esportes, trocaram todo o telhado e pintura total.
A produtividade da escola e a eficiência do corpo docente são medidas pelos resultados obtidos pelos alunos quando prestam o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para o ingresso nas instituições públicas de ensino superior. No caso do Major Emídio, esses resultados são excelentes.
Não só para o ENEM, mas para todas as provas externas a que os alunos devam submeter-se, a subsecretaria de educação elege tutores para o acompanhamento e auxílio prévio desse aluno.
Visitas às escolas de nível superior são promovidas frequentemente. É comum para os alunos do terceiro ano do ensino médio do Major Emídio, ingressar diretamente nas escolas superiores particulares e federais. Há casos até de alunos aprovados em exames de admissão ao curso superior sem haver concluído o último ano do ensino médio. Nestes casos, a escola possui um protocolo de examinar o aluno, atestando sua condição de apto e concluído o nível médio. Situações como estas são considerados méritos para os alunos e para o colégio, também.
Entre estudantes egressos do Colégio Major Emídio, existem vários casos de formados em cursos de engenharia e medicina por escolas federais e o consenso de que foi “muito bom passar por aqui (no Major Emídio)”.
A capacitação dos docentes e a continuidade da formação em todos os graus são imperativos no colégio.
Na feira de ciências promovida recentemente pela UFG – Universidade Federal de Goiás, o ensino fundamental e médio do Major Emídio conquistou o primeiro e segundo lugares.
Em outros torneios, como o ‘Na Ponta do Lápis’, promovido pela SEDUCE – Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, e a OBMEP, Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, o colégio foi prestigiado com premiações.
O Major Emídio promove ações internas, tipo feira de ciências e festas juninas, visando integrar os pais com a escola, tornando o relacionamento com os alunos mais ricos e com duas vias. O ‘Arraiá’ do Colégio tornou-se uma festa do tipo junina, esperada pela comunidade desde o início do ano.
O período mais procurado para matrículas de alunos é o matutino, porém, a preferência neste turno é dada ao aluno que vem da zona rural de Campo Alegre, devido à logística do transporte escolar de longa distância.
Atividades lúdicas preparadas inclusive para alunos com restrições auditivas, biblioteca e laboratório de informática completam as áreas de aprendizado do Colégio.
Para mais conforto do alunado, a escola firmou parcerias com entidades de interesse, a exemplo com a prefeitura de Campo Alegre; os estudantes quando chegam do transporte da zona rural recebem a primeira refeição do dia pelo programa municipal ‘Pão com Leite’, muitos deles saíram de casa às 4 horas da manhã. Mais de 200 alunos pertencem a este grupo.
Além do transporte e lanches, a gestão municipal colabora também com a manutenção predial do colégio estadual, formando compromisso importantíssimo para a comunidade.
A fazenda Barra Mansa contribui com um funcionário aos sábados, para ajudar na manutenção da horta coletiva que existe na escola.
O quadro de docentes é composto com pouco mais de 20 profissionais.
Fabiana Angélica Ferrari, diretora do Colégio Major Emídio, detalhou que o IDEB (Índice de desenvolvimento do Ensino Básico) criado em 2007 pelo INEP (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) é crescente desde 2005 e tem encontrado as metas estabelecidas pelo instituto.
Fabiana pondera ainda que as famílias de bom poder aquisitivo têm o direito de procurar escolhas melhores. Porém, relata casos de alunos que saíram do Major Emídio e no ano seguinte voltaram por não haver encontrado adaptação com outras escolas.
O Major Emídio certamente não é a melhor escola de Goiás, mas tem perfeitas condições de servir a todos – mesmo em época de vacas magras.
Certamente o prefeito Zé Antônio, associado ao vereador Mauricinho, juntamente com a população de Campo Alegre vai encontrar a medida que venha a ser o fiel da balança, mantendo o equilíbrio que resulta em paz no município sem onerar as contas.