A estudante de jornalismo cobrava R$ 8 mil por cada aborto, realizados com remédios veterinários. Após passar 21 dias presa, mulher conseguiu liberdade na justiça
Após passar 21 dias presa por realizar mais de 200 abortos clandestinos, uma mulher conseguiu liberdade na justiça para cuidar do filho de apenas seis anos de idade. O caso aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. A estudante de jornalismo Luciene Fernandes, 37 anos, cobrava até R$ 8 mil por cada aborto, que eram realizados com remédios veterinários.
De acordo com a Polícia Civil (PC), um dos procedimentos realizados por Luciene de maneira incorreta fez com que a gestante, que tentava interromper a gravidez, desse à luz a um bebê prematuro e em estado grave de saúde.
No dia em que Luciene foi presa, ela estava em um quarto de hotel prestes a realizar o aborto em duas mulheres. A estudante fazia os procedimentos em um horário de atendimento específico: das 9h às 17h, pois precisava ir para a faculdade no turno da noite.
A mulher responderá pelos crimes de aborto provocado com o consentimento de gestantes e manipulação de medicamentos sem certificado da Anvisa. A origem dos remédios utilizados nos procedimentos é investigada.
Segundo Emerson Moraes, delegado responsável pelo caso, “Há restrição dessa medicação até mesmo no meio animal, dada as consequências, os efeitos colaterais que a medicação provoca”, afirmou.
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