A Polícia Civil prendeu, no início da noite desta sexta-feira, Cíntia Mariano Dias Cabral, de 48 anos. Ela é suspeita de tentar matar por envenenamento o enteado. De acordo com investigações da 33ª DP (Realengo), o estudante de 16 anos deu entrada, na tarde de 15 de maio, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, com tonteira, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca após comer um prato de feijão feito e servido pela madrasta, que mantinha um relacionamento conjugal com seu pai há cerca de seis anos.
A família mora em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. A irmã do rapaz, a também estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, já havia sentido sintomas semelhantes após outra refeição e morrido na mesma unidade de saúde, 12 dias após ser internada, em 15 de março. Inicialmente, o caso foi tido como causa natural, mas agora o suposto homicídio da jovem está sendo apurado em outro inquérito da delegacia. A polícia acredita que Cíntia pode ter agido por ciúmes dos filhos biológicos do marido.
A prisão temporária de Cíntia havia sido decretada no fim da tarde pela juíza Raphaela de Almeida Silva, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Na decisão, a magistrada destacou que o envenenamento de Bruno ocorreu há poucos dias, estando a vítima ainda hospitalizada, e que os “elementos contidos” no inquérito indicam que a liberdade da madrasta certamente “poderá causar prejuízos irreparáveis para o prosseguimento das investigações policiais”. A juíza continua: “Isso porque poderá exercer pressão sobre as testemunhas, levando em conta que os presentes na residência no momento do crime são familiares, filhos inclusive da suspeita”.
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