Em alguns anos, vamos ter um novo universo em nossas vidas. Inovações bem parecidas com aquelas de filmes futuristas, com diversas tecnologias que antigamente seriam consideradas loucuras, como virar um holograma ou conseguir se teletransportar, farão parte do dia a dia. Atualmente, essas maluquices vistas nas telas de cinema estão muito próximas da vida real graças ao metaverso.
É notório que, com o passar dos anos, diversas redes sociais e tecnologias sofreram um determinado avanço. Na pandemia, percebemos esses progressos com novas maneiras de trabalhar, estudar e se conectar com as pessoas; em suma, quase tudo que envolvesse a interação humana por meio da comunicação.
O crescimento desse mercado envolvendo tecnologias, redes sociais e jogos digitais está a cada dia que passa criando oportunidades para novos profissionais, mas também abrindo portas para o futuro da internet. Uma dessas passagens é o metaverso, que busca inserir a vida real junto à vida digital com o uso de hologramas e realidades virtuais, para que aconteça cada vez mais interação entre as pessoas.
Com tantas novidades, isso acaba gerando vantagens e desvantagens que impactam nossas vidas. O maior ônus se assemelha ao de outras tecnologias já presentes, com a capacidade de gerar um vício na população em querer se conectar cada vez mais com o novo ambiente. Já o maior bônus é poder acabar com a distância, com alguns desenvolvimentos audaciosos que buscam eliminar as barreiras do ambiente de outras pessoas por meio de um holograma, por exemplo.
Como se habituar ao metaverso?
A ideia é que o metaverso faça parte do cotidiano e que as pessoas se conectem a ele. De início, pode ser estranho e até um pouco caro, mas a situação é semelhante ao processo de integração dos computadores e smartphones com a vida cotidiana. Quando as redes sociais foram surgindo e se instaurando na sociedade, começamos a notar outras diversas tecnologias surgindo nos planos de fundo. As marcas logo começaram a ter um olhar diferente para essas tecnologias e para como elas poderiam se encaixar nas redes.
O especialista em marcas e posicionamento estratégico Leonardo Santander foi o convidado do programa Talento em Foco, da Rádio Uninter, para explicar sobre esses termos e seus funcionamentos na realidade atual. “Se a gente pensar no início da informática dos computadores, a forma que a gente tinha de interação era o texto. Depois disso, começamos a avançar na informática. A gente começou a poder trocar imagens, depois vídeos, depois ligações”, exemplifica o desenvolvedor de jogos digitais.
Para algumas pessoas, o metaverso ainda não faz sentido, mas a realidade virtual e os jogos digitais já são exemplos desse mundo. Os jogos foram os pioneiros na área, pois colocavam o indivíduo em outro universo e ainda conectavam as pessoas. A realidade virtual, por outro lado, coloca o sujeito em outro ambiente.
“Dentro dessa realidade virtual, você tem acesso a um ambiente que usa outro estímulo seu. Não é simplesmente o dedo ali na tela. Quando você mexe o rosto, vê um ambiente diferente, pode fazer o uso das mãos pra poder interagir com isso, e tem outras pesquisas detalhadas para trazer outros tipos de sensação”, esclarece o programador.
NFTs: criptografia como bem único
Os NFTs (sigla de non-fungible tokens ou tokens não fungíveis, em tradução literal) hoje estão bombando nas mídias, principalmente por causa de famosos como Neymar e Justin Bieber estarem desembolsando milhões por alguns desses itens. Esses bens estão ligados ao metaverso e são insubstituíveis. Eles existem graças a um programa conhecido como blockchain, uma espécie de livro contábil compartilhado com todas as transações de moedas virtuais, o que dá maior segurança a todos os dados e informações já passadas e possibilita o controle para que um ativo de NFT fique nas mãos de um único usuário.
“No ambiente digital, a criação de personagens digitais, animações ou imagens em 3D não tinha ainda um registro. Por exemplo, a Disney não podia chegar lá e falar ‘Esse personagem é meu’. Não tem nada que prove que ele é seu, então os NFTS vêm literalmente como ponto jurídico de registro e provam que aquele arquivo que você criou vai ter um código que identifica que ele é único e que ele é seu”, explica Leonardo.
Com o passar dos anos, a ideia é que qualquer um possa ter um NFT e que várias coisas possam ser registradas dessa forma, como músicas, arquivos de texto, memes e obras de arte, fazendo com que criadores de NFTs também apareçam e isso vire uma nova profissão. Aos poucos, o mercado vai se adaptando a essas novas áreas.
Autor: Gustavo Henrique Leal – Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles – Assistente de Comunicação Acadêmica
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