Vender imóveis para construção de casas populares? Cadê o recurso público? Se Campo Alegre é capaz, Ouvidor não é?
Desliga esse ventilador, por favor! O vereador de Ouvidor, Jorge Luiz, jogou farinha no ventilador do prefeito Onofre Galdino.
Justamente no momento em que Onofrin entra na câmara municipal para pedir a desafetação de dois terrenos de propriedade da prefeitura, alegadamente para construção de casas populares, o vereador conclama a população ao opinar na rede mundial e saber se os parlamentares devem ou não autorizar a transferência.
Trata-se de áreas beirando a GO: uma com 6 mil metros quadrados e outra próxima dali com mais de um alqueire (o da Jump).
Vereadores da base do prefeito estavam prontos para autorizar a venda. Porém, os da oposição estão atentos para a façanha.
O que não está claro é o porquê de uma prefeitura das mais ricas do Brasil, com população não tão dependente do poder público, já que muitos trabalham nas mineradoras ou na Sakura, precisaria desfazer-se de patrimônio público para converter em casas populares…
Toma-se como exemplo, Campo Alegre de Goiás, município próximo e que arrecada pouco mais da metade do que Ouvidor e está construindo mais de 50 casas sem vender sequer uma propriedade municipal.
Num vídeo, o vereador Jorge Luiz sugere que naqueles lotes poderiam construir-se uma creche, uma praça ou até uma UBS (Unidade Básica de Saúde), facilitando a vida de moradores locais que precisam se deslocar de longe para acessar estes serviços.
O mais intrigante para a oposição foi que em 2014, o executivo com a mesma ‘conversa’ se desfez de outro terreno de mais de um alqueire, no loteamento, do Genciano e a câmara autorizou; e no final das contas, até ‘ontem’ não se viram as tais casas populares.
Outro agravante é que se sabe que ano passado a prefeitura tinha em caixa cerca de oito milhões de reais que hoje devem significar uns doze milhões, importância suficiente para levantar as casas populares sem sacrificar os bens do povo.
Onofrin está sob suspeita diante os vereadores do município, e com razão; a sessão que promete concretizar a artimanha será na segunda-feira dia 11 de março, pelo que promete, a discussão será árdua.