A Polícia Civil de Minas Gerais informou que requereu à Justiça uma medida protetiva para a participante do BBB 22, Natália Deodato. A sister teve um vídeo intimo vazado nas redes sociais na madrugada da última quarta-feira (19/01). O suspeito do crime é um homem de 39 anos.
De acordo com a corporação, a medida protetiva, nos casos de crimes cibernéticos, é para que o suspeito retire do ar o conteúdo já vazado e não publique mais o material relacionado à vítima. Ainda conforme a polícia, um inquérito foi instaurado para apurar os fatos.
A família da jovem foi a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Belo Horizonte, para registrar o boletim de ocorrência, na manhã da última quarta-feira (19).
Ainda de acordo com a corporação, o crime de injúria foi arrolado nas investigações. Isso ocorre neste momento tendo como base a lei de crimes contra a honra, anterior à lei 13.718/12, que trata especificamente sobre vazamento de cenas íntimas.
O trecho da lei destaca que em caso de “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática – que contenha cena de sexo sem o consentimento da vítima”, a pena pode variar de um a cinco anos de reclusão.
“A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação“, diz ainda.
Suspeito de vazar vídeo íntimo de Natália já tinha ameaçado de cometer o crime
Ainda de acordo com o registro policial, o suspeito de ter divulgado as imagens íntimas já tinha ameaçado mostrar as imagens há cerca de dois anos. Entretanto, à época, ele não o fez, mas teria jogado a gravação nas redes sociais após a mineira entrar no BBB.
Além disso, outros perfis em redes sociais ofereceram enviar as imagens caso recebessem dinheiro através do PIX.
Mãe de Natália diz que é ‘maldade coletiva’ o que estão fazendo com a filha
A mãe da jovem, Daniela Rocha, conversou com o g1 em Minas e contou que começou a receber o vídeo e mensagens através do WhatsApp. “Um indivíduo fez um grupo, colocou o vídeo, montagens e começou a espalhar. Eu, como mãe, me senti indignada em saber que existem pessoas sujas que não gostam de ver o sucesso dos outros. É muito triste isso tudo, outras pessoas espalhando. É uma maldade coletiva”, disse.
inda de acordo com Daniela, a família pretende tomar outras medidas cabíveis no caso, mesmo após o registro do boletim de ocorrência. “A Natália já é uma vencedora de estar lá, uma negra com vitiligo. Estamos felizes com a entrada dela, é tudo muito novo para gente. Faço um apelo para que as pessoas não compartilhem as imagens, é crime. Isso não vai ser cobrado só pela Justiça, tem um Deus que tudo vê”, afirmou.
Fonte: Mais Goiás