Pela primeira vez desde 1985, não haverá horário de verão no Brasil a partir de 2019. Em decreto assinado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, a ação de antecipação do relógio que acontecia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, não acontecerá.
O horário de verão servia para que fosse aproveitada a iluminação natural no fim da tarde, quando o consumo de energia é mais alto, porém, uma pesquisa do DataSenado em 2018, revelou que a medida também atrapalhava a rotina de trabalhadores e estudantes. A falta de luz solar primeiras horas do dia, dificultava a vida destas pessoas que precisavam acordar cedo, onde a maioria dos consultados queria o término da ação.
Também desde a implantação, o horário de verão foi perdendo força, sendo alvo de diversas propostas no Senado que queriam o seu fim, como o PLS 42/2014, o PLS 559/2015 e o PLS 438/2017. Desde 1985, diversos estados deixaram de adotá-lo e a duração da medida também foi sendo gradualmente reduzida. Nos últimos anos, por exemplo, como em 2017, já havia sinais de que ele poderia deixar de acontecer.
Reportagem especial – Esse é o assunto da reportagem especial “Um fim de ano diferente: o Brasil sem horário de verão”, do jornalista Adriano Faria, da Rádio Senado. Produzida em cinco capítulos de pouco mais de cinco minutos, a reportagem conta a história do horário de verão, com a opinião de especialistas do setor elétrico. Eles avaliam os impactos da decisão do governo de acabar com a medida que determinava que os relógios fossem adiantados em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro.
A reportagem também traz depoimentos de pessoas que tinham a rotina alterada com a mudança no ponteiro dos relógios. E ainda faz um resgate histórico de projetos e discursos de senadores sobre o horário de verão. Em 2000, por exemplo, o então senador pernambucano Carlos Wilson comemorou a saída do seu estado da área de abrangência do horário de verão: “O trabalhador tinha que sair mais cedo de casa. E com isso o dia estava escuro, levando ao aumento considerável dos assaltos nos ônibus”, afirmou no Plenário.
*Fonte: Agência Senado