Admiravelmente, Dona Maria da Glória Sampaio, a mãe do pretendente à vaga de deputado estadual pelo PSDC, Luiz Gustavo Sampaio, entoou Alegoria de Platão, sobre os prisioneiros da caverna.
Mais admirados ficaram todos, inclusive seu filho, que esperavam Dona Maria da Glória emergir da plateia, mas… ela já estava no palco, atrás do LG, pronta para falar.
Noutro contexto, seria ovacionada pela multidão (não aquela). Mas hoje… Não mesmo!
Analisando as circunstâncias, o evento político exigiria que os pretensos candidatos comportassem-se como tal, ou seja, discorressem sobre suas heróicas proezas políticas do passado e proferissem protuberantes e excogitadas promessas, levando seus cabos eleitorais presentes (que também são eleitores), ao êxtase.
Como que antevendo o que estava por vir, Luiz Gustavo mandou para a mãe o recado alto e claro pelos alto-falantes, “ela vai falar só um segundinho” – só que não.
Dona Maria da Glória desembestou, patinando sobre Platão – referindo-se, obviamente, às figuras que serpenteiam nas cavernas do mundo político que se tornou a instituição chamada de governo estadual.
Mesmo falando depois de Deusmar, faltou percepção ao Luiz Gustavo, que aquele não era o momento de deixar sua posição para homenagear sua mãe, por mais que ela mereça. Ele estava numa missão oficial, como pretenso deputado, precisava estar atento e fazer o seu papel…
Falhou, e como falhou!
Faltou o principal…!
O que seria este principal?
Exatamente o que fez o pré-candidato Deusmar Barbosa (Democratas) quando em seu formato simples (é disso que o povo gosta e prefere) lançou suas pretensões para quando deputado se tornar.
Sua primeira demonstração de controle foi quando pediu para que as personalidades do MDB presentes – entre outras – o vereador Kajuru, o prefeito Adib Elias, Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde, o prefeito de Goianésia, Renato de Castro, o deputado José Nelto, o prefeito de Formosa, Ernesto Roller, levantassem e conclamou a plateia a uma salva de palmas, no que foi atendido prontamente por todos.
Iniciou com a dissidência emedebista em favor da candidatura de Ronaldo Caiado ao governo do Estado de Goiás. Alegou que esses representantes do MDB cansaram-se depois de 20 anos servindo de ‘saco de pancadas’ para o PSDB de Marconi, que querem algo melhor e seus pedidos atendidos pelo futuro governador.
Das obrigações do deputado que pretende ser, referiu-se à segurança pública que vai pleitear ao governador – brevemente eleito – dos 82 quilômetros de rodovia de que Santo Antônio do Rio Verde tanto precisa.
Lembrou-se das condições dos professores e das condições gerais da educação no estado. Falou do Credeq – Centro Estadual de Referência e Excelência em Dependência Química, para Catalão. Explanou sobre as dificuldades na área da saúde na região, especificamente a da Santa Casa de Catalão – que atende de Cristianópolis, nos limites de Goiânia até todos os municípios do leste goiano. “Metade do Estado de Goiás é atendido na Santa Casa de Catalão”, citou Deusmar. Falou do sofrimento dos pacientes com câncer e que precisam se deslocar para os hospitais de Barretos ou ao Araújo Jorge em Goiânia.
Comprometeu-se a honrar a cadeira que vai ocupar na Alego – Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Lembrou-se das personalidades catalanas que representaram naquela assembleia. Prometeu, em troca do voto, lealdade.
Disse o que precisava dizer, fez o que precisava fazer – ‘do boi, usou do focinho até o rabo’ e mereceu a salva de palmas após a conclusão.
Quanto a Dona Maria da Glória, registramos respeitosamente o reconhecimento de uma nobre cultura, digna de uma professora, mas para outro dia.