O ano de 2020 foi um período conturbado, cheio de contrariedades e desafios sociais e sanitários para a inteligência humana.
Mas, há uma batalha que migrou de 2019 para 2020 e promete novos e contundentes episódios para 2021.
Trata-se do prefeito de Catalão Adib Elias e as mineradoras da região.
Ao final de uma entrevista numa emissora de rádio da cidade, no dia 30 de dezembro de 2020, quando ninguém mais imaginasse que algo de significativo seria levantado na pauta, o prefeito recrudesceu o assunto.
O começo dessa investida foi em novembro de 2019, quando no lançamento das instalações de reciclagem de rejeitos de construções de Catalão, Adib Elias trouxe à baila o tema sonegação de impostos por parte das mineradoras que despachavam o resultado de suas prospecções a maior do que os impostos que recolhiam, incluindo-se o CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral).
Prometeu e fez. Fechou a ferrovia, modal pela qual as mineradoras carreiam seus produtos para os portos de São Paulo e dali para fora do país.
Aliaram-se a ele os caminhoneiros que complementam o transporte da produção mineral e bloquearam trecho da rodovia municipal Sebastião de Pádua, que dá acesso à região dos terminais minerais.
Adib Elias forçou os executivos a sentarem-se à mesa de negociações para recuperar do foço os anos de sonegação da produção mineral e meterem as mãos nos bolsos e compensar Catalão do terrível legado ambiental que prometem deixar no município.
Deu resultado; porém, as manobras de inadimplência e sonegação não cessaram. Da mesma forma, o prefeito ainda não se deu por satisfeito e naquela entrevista do final de dezembro deixou claro que a chegada do ano de 2021 traria novos desdobramentos para quem achava que estava tudo certo. Ele quer mais – “Não dou certo com a mineração (sic); vou receber tudo”. ”A briga continua, o setor mineral torceu para eu não ganhar (as eleições)”; “Vocês vão ver atitude de prefeito para mostrar descontentamento com o setor mineral”, prometeu o prefeito.
As cifras que Adib Elias pretende e quais as circunstâncias fiscais e tributárias rodeadas, talvez ele revele no transcorrer dos primeiros dias de 2021. Certo é de que essa pendenga ainda não tem data para terminar.