O lançamento das obras da Praça do Córrego do Almoço, nesta terça-feira (11/07), no local que historicamente ficou conhecido por servir de pouso e apoio à comitiva de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, foi motivo de alegria para autoridades, pesquisadores e representantes da comunidade.
Marco zero de Goiás
“Aqui será erguido o marco que irá celebrar a origem de Goiás e de Catalão e que as novas gerações poderão tomar conhecimento”, disse Leonardo Martins, secretário de Obras de Catalão, se referindo ao monumento principal da praça. A obra custará ao Tesouro Municipal R$ 644.733,75. O prazo para execução da praça é de 3 meses. (veja as imagens do projeto).
Lugar consagrado
Ainda se recuperando da 19ª cirurgia depois que superou a Covid, o prefeito de Catalão, Adib Elias, esteve presente no lançamento da obra e não escondeu a satisfação em poder ordenar a construção do memorial. “Estamos transformando um terreno baldio cortado por um córrego, que ficou praticamente esquecido por 50 anos, em um lugar sagrado e consagrado, fazendo justiça ao ex-prefeito Paulo Hummel que, em 1965, ergueu aqui um chafariz para assinalar a importância do lugar, mas que não durou 10 anos”, lembrou Adib.
Três séculos de história
De acordo com pesquisadores, o Córrego do Almoço tem 301 anos de história, mais tempo até que o mais famoso cartão postal de Catalão, o Morro de São João, que tem 123 anos. “Por aqui, além do dos Bandeirantes, passaram comitivas de Pedro Ludovico Teixeira e outros pioneiros que contribuíram para o desenvolvimento do Centro-Oeste”, disse Luís Estevam, historiador e presidente da Fundação Cultural Maria das Dores Campos.
“Antes mesmo de existir Goiás, documentos oficiais em São Paulo davam existência ao povoado de Catalão. A história de Catalão é anterior à de Pirenópolis e Goiás Velho. Foi aqui neste local, no Córrego do Almoço, há mais de três séculos, que uma parte da comitiva de Anhanguera fixou moradia, sendo um espanhol conhecido por Catalão, o representante mais conhecido da vila, que deu origem ao nome da cidade”, concluiu Luís Estevam.