A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 901.594 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 368.860 mil
Segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil, no Brasil nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como em 2021. Além da pandemia da Covid-19 que já fez mais de 525 mil vítimas, o novo coronavírus vem alterando a demografia também com mudanças na taxa de natalidade.
No início deste ano, tivemos a menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos desde o início do acompanhamento estatístico: no total, foram 956.534 óbitos até o final do mês de junho e 1.325.394 nascimentos registrados pelos cartórios brasileiros. O número de mortes já é o maior da história – 67,7% maior que a média deste período no País. O número de nascimentos é 10% menor que a média de nascidos no País desde 2003.
O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no País, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 901.594 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 368.860 mil em 2021, uma redução de 59,1% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 41,4%, e em relação a 2019 foi de 55,2%.
A base de dados é abastecida em tempo real pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.