Era previsto um tsunami nos quadros do MDB goiano, na medida em que uma ala do partido cansou de ‘levar tinta’ e servir de ‘pezinho’ para o PSDB.
Há vinte anos, o MDB goianiense ‘finge’ que faz oposição, mas acaba valorizando as vitórias de Marconi Perillo no Estado de Goiás.
Quando o MDB Goiás resolveu desmontar esse esquema e partir para uma situação que aumentasse a chance de o partido participar, finalmente, do governo estadual, apoiando o Democratas de Ronaldo Caiado, os ‘goianienses’ resolveram expulsar vários companheiros, alegando sabe-se lá o quê.
Adib Elias, prefeito de Catalão, Ernesto Roller de Formosa, Fausto Mariano de Turvânia, Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde e Renato de Castro de Goianésia foram os escolhidos para o cadafalso; além destes, o presidente do MDB catalano, Cairo Batista, também foi requisitado para expulsão.
Olhando-se de longe, parecem dicotômicas ideias no mesmo partido. Olhando mais de perto, um pouquinho e confrontando-se a pesquisa do Serpes, que atribui vitória a Caiado com 39,7 por cento, começa-se a perceber o que está por acontecer. A deslealdade da parte goianiense do MDB vai além da expulsão de outrora companheiros. Pretende entregar o ‘ouro para os bandidos’. Na ânsia de continuar fazendo o papel de boneco de ventríloquo, os desleais vão compor frente com o PSDB para tentar reverter o quadro apontado pelas pesquisas.
Agora é tarde
A opinião pública não tem volta. O povo não quer Zé Eliton (leia-se Marconi) à frente do governo. Além de líderes importantes espalhados pelo Estado de Goiás, a grande massa de eleitores está preparada para apertar o 25 na urna eletrônica em outubro.
Aproximando-se o olhar um pouco mais, a mídia divulgou que o caso de Renato de Castro será avaliado pelo conselho estadual, por ser dirigente partidário e Paulo do Vale também vai para o conselho. Fausto Mariano e Ernesto Roller também serão apreciados pelo conselho estadual, por não existirem diretórios em suas respectivas cidades. Ora, está parecendo ‘tiro de chumbada’ – alguns levam, outros não. Adib e Cairo vão ficar com o ‘chumbo grosso’, pois querem também fechar o diretório do partido em Catalão.
Cairo Batista protocolou pedido de expulsão de Maguito Vilela, por ser o arquiteto de ‘entregar o paiol’ para os bandidos: “Não pode haver privilégios na condução dos processos, se punir um, tem que punir todos”, referindo-se à atitude de o MDB goianiense ‘bandear’ para o PSDB, por birra. “Me recuso a pensar que o conselho de ética do partido será conivente aos caprichos de um presidente perdido em suas decisões”, “política é coisa séria” encerrou Cairo.
Até o mês de julho, muita água vai passar embaixo dessa ponte.