Afirmação é do delegado Eduardo Rodovalho. Vítima sofreu um ferimento único e fatal que penetrou o mamilo esquerdo e atingiu o coração, afirma o titular
O delegado Eduardo Rodovalho, responsável por investigar a morte de Adailton Gomes Abreu, 24 anos, que morreu ferido por uma agulha de narguilé no mês passado em Aparecida de Goiânia, afirmou que a vítima e a namorada tinha um histórico de brigas e agressões. N.M., 19 anos, é a principal suspeita pela morte de Adailton, que foi ferido com o objeto após uma briga motivada por um pastel de feira.
Segundo Rodovalho, testemunhas disseram em depoimentos recentes que o casal se agredia constantemente. “O convívio deles era muito tumultuado e com agressões mútuas. No momento, não vou pedir a prisão preventiva porque ela é réu primária e se apresentou espontaneamente. Ela vai responder em liberdade”, afirma o delegado. Rodovalho não deu mais detalhes sobre os depoimentos das testemunhas.
N.M. pode ser indiciada por homicídio simples. Segundo o titular do 1º DP de Aparecida de Goiânia, agora falta analisar os laudos periciais, que vão esclarecer as circunstâncias da morte de Adailton.
O delegado afirma que a vítima sofreu um ferimento “único e fatal” e que agonizou por pouco tempo antes de morrer.
“Como a perfuração no local da lesão era muito pequena, houve uma dúvida inicial sobre a causa da morte. Mas já existe a confirmação de que o óbito foi causado por um objeto perfurocortante que penetrou o mamilo esquerdo da vítima e atingiu o coração”, disse.
Morte
O caso aconteceu no dia 18 de setembro no Setor Village Garavelo, em Aparecida de Goiânia. Para a Polícia Civil (PC), a suspeita disse que agiu para se defender, pois Adailton teria “partido para cima dela com um narguilé quebrado após os dois discutirem por causa de um pastel”.
“Parece que eles saíram para comer pastel sem ela querer e eles começaram a discutir. Ela disse que ficou desesperada na hora pois não esperava que ele partisse para cima dela. Houve uma reação, ela pegou essa agulha do narguilé e o perfurou”, disse o delegado na época.
Quando a suspeita se apresentou na delegacia, ela não foi presa pois a apresentação ocorreu fora do período de flagrante.