A “bomba de energia” deixada por Marconi está dando certo até agora.
O fatídico ano de 2017 foi o marco cronológico para o fim trágico dos serviços de fornecimento de energia elétrica para o Estado de Goiás.
Antes disso, em 2016, a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou projeto em que o estado financiou a dívida corrente da CELG, zerando o passivo e criando as condições ideais para a sua privatização. O ‘chute’ nos cofres públicos foi de R$ 2,15 bilhões, (anote aí esse valor). Pode-se ver no site da Alego quais foram os deputados estaduais que contribuíram para o golpe ao cidadão.
Em 2017, a Celg foi definitivamente vendida para a Enel – Companhia italiana, que até hoje deve estar sorrindo do grande negócio que fez com os trouxas dos brasileiros, representados pelo então governador Marconi Perillo (grave bem este nome). Um blog da época relatou assim a negociação: “Depois de dizer que ficou feliz com o resultado da venda, salientou não ter dúvida de que o leilão foi um sucesso para Goiás e os goianos. “Pela primeira vez todos vão perceber que a Celg é um patrimônio dos goianos. Ela vai ser eficiente”, declarou.” O valor da venda das ações foi de R$ 2,1 bilhões; lembram-se do outro valor de 2016? Isso quer dizer que o estado ficou com a dívida e a Enel pagou a mesma importância, restando aos cofres públicos zero reais.
Ainda mais, o “esperto” do então governador Perillo prometeu aos prefeitos reforma na infraestrutura do estado viabilizando dinheiro dessa negociação às prefeituras. Resultado: ficaram todos ‘chupando os dedos’.
Muito bem, todos os episódios que caracterizaram a ‘doação’ da Celg para a iniciativa privada, deixaram claro também um compromisso tácito de que, caso as eleições para governador em Goiás fossem perdidas, (o que era certo para todos) a futura Enel dificultaria ao máximo a vida dos usuários de energia elétrica, transferindo para o governo estabelecido em 2019, a pecha de mau administrador. Ambiente propício às novas eleições de 2022 ao governo estadual , reaparecendo então o Marconi como salvador da pátria.
É claro demais e um vexame para quem apoia esse pária do Perillo, que a Enel foi uma bomba relógio ‘plantada’ para infernizar a vida dos goianos até 2022.
De quebra aparecem os filhotinhos, nos municípios, tal qual o pré-candidato à prefeitura de Catalão, Luciano Tampa que jura comprar os geradores de energia elétrica no primeiro mês de mandato, caso seja o vencedor em 2020.
Entretanto, nesse embrulho todo, temos alguém que está muito atento – Ronaldo Caiado.
O atual governador está regularizando por completo a situação fiscal e administrativa de Goiás. Não deixou passar ao largo essa situação da Enel. Existe o momento certo para tomarem-se as atitudes republicanas e constitucionais. Caiado levou o problema também ao Presidente da República, Jair Bolsonaro.
A última chance da Enel foi-se embora em agosto de 2019 em compromisso não cumprido de melhorar os serviços em assunto. Legado de Perillo tem nome: Enel.