Todo assassinato é brutal e todo assassinato é covarde e cruel. O do Eurípedes Pereira, ex-prefeito de Catalão também o foi e marcou a história do município para sempre.
Até hoje sem esclarecimentos convincentes, muitos tentaram tirar proveitos políticos do fato e contabilizar para si a descoberta do(s) assassinos(s).
Sequer sabe-se a razão pela qual o Oripão foi alvejado por vários tiros.
Crescimento político, garimpagem, conduta pessoal, estão entre as razões possíveis para o homicídio.
Anualmente em agosto comemoram-se as lembranças das grandes obras de Eurípedes: A casa de apoio em Goiânia, a própria vinda da Mitsubishi para Catalão é atribuída a ele.
A justiça considera o caso como “sem solução” devido à falta de caminhos que levem até o verdadeiro assassino.
À época não existiam câmeras pelas ruas que pudessem entregar suspeitos, a capacidade dos autores de investigações era ainda mais limitada. Não adianta especular, como se fez no início, qualquer dúvida que se levante pode caracterizar falso testemunho.
Suspeitos arrolados na época, por pura maldade, tentam até hoje se desvencilhar da pecha.
Fato igual em Catalão e de semelhante solução – nenhuma – foi o assassinato do farmacêutico Antero da Costa Carvalho, nos anos 1930.
Atualmente existem homicídios na região que permanecem igualmente insolúveis, fatos comprovantes que em aproximadamente cem anos ou não se tem perícia suficiente para esclarecer ou a força que move os assassinatos é muito maior do que a vontade de resolvê-los.
Neste contexto, mais uma luz é lançada sobre o assunto, o livro “Quem Matou Oripão?” do professor doutor Emival Mamede Leão traz à clareza da memória, em detalhes, fatos contemporâneos do episódio.
Em frase do comandante Che Guevara: “Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”, parafraseando Burke (O filósofo) (Esta frase não é do boneco Bolsonaro), se não trouxermos constantemente à baila a saga do Oripão, vamos perder de vez por todas a esperança da verdade sobre o assunto.
O trabalho do professor Mamede e a repercussão do repórter Badiinho consolidam partes do processo algures esquecidos.
Devem ser incorporados á história de nossa cidade, bem como na do município de Três Ranchos – também local de atuação política de Eurípedes.